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Alagoas

gazetaweb

16/02/2019 às 18:13

Moradores criticam simulado e fazem protesto bloqueando Fernandes Lima

População questionou falta de transporte para idosos e tempo estimado para chegar ao ponto de encontro 
Moradores criticam simulado e usam faixa para bloquear trecho da Fernandes Lima

(Créditos de imagem: PATRÍCIA MENDONÇA) Moradores criticam simulado e usam faixa para bloquear trecho da Fernandes Lima

Os moradores do Pinheiro reclamaram de algumas situações registradas durante o simulado de evacuação do bairro, realizado na tarde deste sábado (16). Entre elas, a falta de apoio para a retirada da população das residências. Com cartazes e faixa, um bloqueou um trecho da Avenida Fernandes Lima para protestar contra a Braskem, apontada como responsável pela situação do bairro.

Um dos moradores da área laranja, Paulo Rocha, relatou que ele e a sogra, uma idosa de 91 anos, foram andando até o ponto de encontro, cerca de 2 quilômetros, e não receberam nenhum suporte para o transporte. "Ela anda devagar, é uma idosa. Quando estávamos vindo, passou uma ambulância do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e não ajudou. Não pegou ela pra trazer ao ponto de encontro". Ele pede que a autoridades repensem esse apoio.

Já a moradora Nadi Correia, de 63 anos, chegou após os 30 minutos estabelecidos pela organização para a chagada até o ponto de encontro. Ela contou que foi andando com três amigas e que o tempo pode não ser o suficiente. "Tem pessoas que moram longe, eu não moro tão longe, que só cheguei depois do tempo. Tem gente que pode se atrasar".

Os moradores também questionaram o local escolhido como ponto de encontro. Segundo eles, a Defesa Civil mandou a população pra o CEPA, mas o local está cheio de rachaduras.

Bloqueio da Fernandes Lima


Um grupo de moradores realizou um protesto para cobrar soluções para a situação do bairro e punições para a Braskem. Eles chegaram a bloquear um trecho da Avenida Fernandes Lima, com faixas e cartazes. "Mandaram a gente sair sem dar assistência. Eles alegam que a Defessa Civil foi até as casas, mas não vi ninguém na minha. Tem mais 904 pessoas na lista antes de mim", relatou a moradora Genise da Silva, que tem a residência na área vermelha.

A moradora Danielle Vanessa, que mora próximo a área vermelha, questionou o pagamento do aluguel social. "Querem que a gente saia de casa sem pagar o aluguel. É uma palhaçada. Não nos falaram nada sobre o simulado. Não sabemos nem de onde vieram esses carros aí que ficaram passando pela rua", contou. Danielle contou ainda que tem uma pessoa de 74 anos e deixar o local durante uma tragédia seria difícil.

Além disso, Danielle informou que buscou informações ao longo da semana e recebeu um não. "Fui pedir informação essa semana, em um ponto no Sanatório. Eles não me deram. Disseram que as equipes passaram de porta em porta e que, nesse ponto, não poderia passar mais nada".

Militares do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM) acompanharam o ato.  

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